3 tendências e 3 desafios dos leilões de veículos em 2024

Em 2023, o mercado de leilões de veículos se firmou definitivamente na modalidade online e ampliou o acesso ao público interessado em adquirir veículos seminovos, usados e salvados com valores, em média, de 40 a 60% abaixo da FIPE. Para 2024, as principais tendências acompanham os rumos que o mercado automotivo em geral vem tomando no Brasil. Isso significa que algumas palavras-chave ficarão cada vez mais em voga nesse segmento – são elas:

  • TECNOLOGIA
  • SUSTENTABILIDADE
  • CONECTIVIDADE
  • INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
  • SEGURANÇA

Dessa forma, destacamos 3 tendências e 3 desafios que o mercado de leilões de veículos terão ao longo de 2024.

TENDÊNCIAS

1) EQUILÍBRIO ENTRE LEILÕES PRESENCIAIS E ONLINE

Por mais que a modalidade online seja a preferida pelos arrematantes, a segurança e confiança que os leilões presenciais trazem ainda são imbatíveis na fórmula para um arremate de sucesso. Afinal de contas, comprar por foto ou vídeo pode ser bem capcioso e não há nada melhor que visitar o veículo, de preferência com um mecânico de confiança, para averiguar com calma todos os detalhes do veículo e levar isso em consideração antes de dar o lance.

2) MAIOR DIVERSIDADE DE VEÍCULOS

Uma das mais promissoras tendências do mercado automotivo brasileiro é a presença cada vez maior dos veículos elétricos nas ruas. Por ser uma categoria de veículos que ainda está em fase de penetração no mercado brasileiro, os consumidores naturalmente sentem uma certa desconfiança, porém os dados são bem explícitos: as vendas de veículos elétricos bateram recordes e o número de emplacamentos aumentou em 91% no ano de 2023. Por consequência, com mais pessoas financiando e/ou colocando esses veículos em seguradoras, é de se esperar que veremos mais desses veículos nos leilões, recuperados de financiamento e de seguradoras.

3) INOVAÇÃO NO LEILÃO

O consumidor brasileiro é culturalmente exigente. Por isso, o mercado de leilões deve seguir inovando para facilitar o acesso, a experiência e a segurança na participação dos leilões, tanto de forma presencial quanto na forma online. Cadastros mais simplificados, sites otimizados e responsivos, integração com redes sociais e canais de atendimento oficiais devem estar sempre funcionando com eficácia e acessibilidade para múltiplos perfis de usuários.

DESAFIOS

1) SEGURANÇA ANTI-GOLPES E FRAUDES

Não tem jeito: os golpes e fraudes seguem sendo o maior desafio e obstáculo na era digital, em todos os segmentos de mercado. No ramo dos leilões de veículos, proliferam os sites falsos e “leilões por WhatsApp”. Se valendo do desconhecimento de como funciona um leilão e da busca pela facilidade que o WhatsApp proporciona, quadrilhas especializadas se sofisticam criando uma rede “convincente” e multi-integrada, o que passa uma certa credibilidade para o consumidor desavisado. Com a dificuldade de derrubar perfis e sites falsos, criar um ambiente seguro é um dos maiores desafios dos leiloeiros.

2) MITOS ETERNOS

Como em todo segmento de mercado, os leilões têm os seus mitos e medos “eternos”, aqueles conceitos que são repetidos tantas vezes e por tantas pessoas que “viram verdade” e são praticamente impossíveis de desmitificar. Por exemplo: muitas pessoas repetem e colocam na cabeça que veículos de leilão são sempre batidos, detonados e sucateados, o que está bem longe da verdade. Outro mito é o de que leilão não vale a pena. Hoje em dia, existem muitos profissionais e influenciadores consolidados no ramo de leilões, com perfis e canais bastante ativos nas redes sociais, que prestam serviços de consultoria, cursos e dão dicas de como fazer bons arremates (para quem busca um veículo para uso pessoal) e até mesmo viver de leilão (para quem deseja se aprofundar e trabalhar no ramo).

3) DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO

Outro grande desafio para os leiloeiros é democratizar o acesso aos leilões, ou seja, criar ambientes digitais educativos, informativos e seguros: sites com design responsivo, adaptáveis para vários tamanhos de tela, transmissão dos leilões ao vivo, cadastros simplificados, comunicação assertiva e eficiente, entre outras, são algumas das tarefas

Carro popular: será o fim de uma era?

A origem do termo “carro popular” não é de hoje. Surgida nos anos 60, com grandes bases no Fordismo (modelo econômico caracterizado por produções em massa, em escala industrial, e ampla distribuição de bens de consumo) e popularizada no Brasil nos anos 90, a ideia do que é um carro popular se fixou com força no imaginário coletivo da população, servindo a múltiplos propósitos.

Lá na década de 60, as montadoras começaram a implementar um sistema Fordista no Brasil, com veículos mais simples e mais baratos sendo vendidos em grandes quantidades. Nos anos 90, durante o governo Itamar Franco, foi criada a categoria “carro popular” oficialmente, com o estabelecimento de um valor simbólico para o IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) de apenas 0,1%, para veículos de motor 1.0. Assim, as vendas bateram mais de 1 milhão de unidades e seguiram aumentando ano após ano.

O carro popular se tornava, então, uma categoria desejável para um público consumidor buscando veículos mais simples e mais acessíveis. Muitas pessoas tiveram seus primeiros carros sendo modelos dessa categoria, que também passou a ser chamada de “veículos de entrada”.

MAS POR QUE É O FIM DE UMA ERA?

Por cerca de 30 anos, falar de carro popular era se referir a modelos em suas versões mais simples, com poucos ou nenhum acessório de fábrica, motor 1.0 e, principalmente, preço baixo. No entanto, há alguns anos essas características saíram da realidade: modelos clássicos de carros populares saíram de linha e foram descontinuados; o público consumidor está cada vez mais exigente com performance, design e atributos; e, por fim, a inflação, crises econômicas e políticas fizeram o preço dos veículos 0km subir demais.

Com tudo isso, a busca por veículos usados e seminovos cresceu, inclusive com uma alta procura por leilões, já que nesses espaços é possível encontrar veículos praticamente 0km com preços muito mais acessíveis do que na concessionária.

CARRO POPULAR BARATO: ONDE ACHAR?

Se você busca por um veículo popular mais acessível, o leilão é uma excelente opção. Com veículos que costumam sair entre 40 e 60% da Tabela FIPE, os leilões representam a oportunidade de bons negócios tanto para quem quer adquirir um carro para uso próprio quanto para aqueles que buscam renda extra ou até mesmo viver exclusivamente de arrematar e revender os veículos, lucrando até 100%.

Em todos os casos, é no leilão que o conceito de carro popular ainda tem fõlego, proporcionando oportunidades incríveis. Porém, é preciso ficar alerta e conhecer muito bem a dinâmica para não cair em ciladas como sites falsos, golpes via WhatsApp e redes sociais e comprar gato por lebre apenas olhando fotos em leilões online. A dica de ouro é sempre VÁ AO LEILÃO PRESENCIAL. Veja muito bem o carro do seu interesse, fique alerta para os problemas aparentes e ocultos e faça seus cálculos considerando todas as taxas e despesas de regularização. Dessa forma, você assegura um arremate de sucesso para você e para seus objetivos.

 

REFERÊNCIAS:

O fim do carro popular: entenda por que ele vai morrer em breve

O carro ‘popular’ já era?

Carro popular – conceito

Retrospectiva 2023

Entramos no último mês do ano! Já estamos nos despedindo de 2023 e preparando tudo para que 2024 chegue trazendo ainda mais oportunidades e conquistas. Quanta coisa acontece em apenas um ano, não é? Vimos o mundo finalmente se recuperando progressiva e efetivamente das consequências da pandemia de Covid-19 e retornando a uma normalidade que ainda engatinhava em 2022 e se estabeleceu mais firmemente em 2023. No mundo dos leilões, foi um ano de recuperar a confiança do público e consolidar cada vez mais essa modalidade que, definitivamente, só tende a crescer ano após ano!

JANEIRO – O mês da retomada

O primeiro mês do ano veio para firmar de vez a retomada à normalidade das rotinas comerciais e sociais pré-pandemia. Os mercados reaqueceram, mas ainda de forma um tanto quanto tímida. Isso se refletiu nos primeiros leilões do ano, que somaram mais de 370 veículos leiloados. Um começo singelo, sim, porém promissor.

FEVEREIRO – O mês em que tudo realmente começa

Passado o clima generalizado de férias, verão e com energias recarregadas, o ano começa de vez em todo o país: volta às aulas e aos negócios com força total, tudo pronto para 2023 engrenar de vez. Apesar do mês reduzido (ou seja, menos leilões), a quantidade de veículos leiloados superou o primeiro mês do ano, chegando a mais de 390 veículos leiloados.

MARÇO – O boom do ano

No terceiro mês, 2023 provou a que veio: foram 850 veículos leiloados e recordes de visitantes e participantes nos leilões presenciais, mostrando que a modalidade de leilões híbridos (presencial e online simultaneamente) veio para ficar.

ABRIL – Estabilidade

Mesclando leilões com carros de luxo, motos esportivas, carros populares e utilitários, Abril foi um mês cheio e com bons resultados, mantendo uma média parecida com a do mês anterior.

MAIO – Marcos importantes

Em maio, atingimos a importante marca de 50 mil seguidores no Instagram e 12 mil seguidores no TikTok, duas redes sociais em franca expansão e que são determinantes para divulgar educação, conhecimento e informações relevantes sobre leilão e sobre nossa história.

JUNHO – Super luxo

Junho foi o mês da ostentação no pátio Rogério Menezes! Foram vários leilões com carros de luxo e importados e o pátio ficou cheio de BMWs, Mercedes, Volvo, Audis, Porsches e outros importados. Um mês muito importante para demonstrar como o nome do leiloeiro Rogério Menezes inspira confiança e honestidade.

JULHO – Reconhecimento

O leiloeiro Rogério Menezes concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal O Dia, um dos veículos mais conhecidos e populares do Rio de Janeiro, sobre sua história e os desafios que vem enfrentando, principalmente em relação ao uso indevido de seu nome e identidade visual para aplicar golpes e fraudes em sites falsos de leilão. Você pode conferir a entrevista completa AQUI!

AGOSTO – Batalha contra os sites falsos

Neste mês, tivemos um recorde nos números de vítimas do golpe do leilão falso buscando o pátio para denunciar os sites e perfis falsos nas redes sociais que divulgam e enganam dezenas de pessoas todos os dias. Foram mais de 30 boletins de ocorrência registrados e o prejuízo para as vítimas somou mais de meio milhão de reais! Infelizmente, os sites e perfis falsos seguem no ar devido a uma ineficiência generalizada das plataformas em derrubar contas e sites fraudulentos, apesar das constantes denúncias.

SETEMBRO – 34 anos de história!

Desde 1989 impactando vidas e realizando sonhos, o leiloeiro Rogério Menezes comemorou, em setembro, 34 anos anos de trajetória profissional como leiloeiro público, com uma jornada repleta de histórias de sucesso, desafios, obstáculos vencidos, superação e conquistas.

OUTUBRO – Mês dos super leilões

Foi o mês dos leilões diversificados, não apenas com carros, motos, caminhões, utilitários e vans, mas também de equipamentos e materiais diversos, como movéis, eletrodomésticos, itens de decoração e equipamentos eletrônicos e de informática.

NOVEMBRO – Época de reflexão

Com o ano se encaminhando para o fim, entramos numa época de reflexão, trazendo os olhares para mais um ciclo que se finda e fazendo análises e conjecturas sobre que o que passou e sobre o que ainda virá no próximo ano. É uma fase em que percebemos, com fé e gratidão, por tudo que já passamos e onde chegamos, tudo através de muito trabalho, dedicação e resiliência.

DEZEMBRO – Finalizando um ciclo e construindo uma nova história

Ainda estamos no início de dezembro, mas já sentimos o clima de fim de ano e festas pairando cada vez mais intensamente. Continuaremos fazendo o leilão acontecer, semana após semana, seja por meio dos leilões em si ou nas confraternizações que faremos como equipe, para celebramos o incrível ano que tivemos e nos enchermos do espírito de esperança e renovação para que, em 2024, tudo seja ainda melhor!

FELIZ 2024 E BOAS FESTAS!

Balanço de veículos leiloados em 2023

Em vários lugares do Brasil, já se sente o clima natalino no ar: pipocam comerciais com Papai Noel e jingles natalinos nas mídias, as casas começam a brilhar com pisca-piscas e se ouve Simone cantando “Então É Natal” nas lojas como som ambiente. Isso significa que, finalmente, estamos nos encaminhando para o fim do ano! E que ano foi 2023! O primeiro ano em que estivemos completamente reinseridos na rotina normal pós pandemia de coronavírus, um ano que consolidou o recomeço em diversos aspectos da vida.

Para o mercado de leilões, foi um ano que simbolizou o reaquecimento deste modelo de compra e consolidou a modalidade online como a preferida do público. Contudo, os leilões presenciais ainda são a forma mais buscada por pessoas mais experientes e/ou que buscam segurança na compra (isso devido aos muitos sites falsos que se multiplicam na internet). A união das duas modalidades refletiu o aumento no número de interessados em leilão, assim como os vários perfis de consultoria e influenciadores especificamente falando de leilões também demonstram que há uma maturidade no perfil dos arrematantes e futuros arrematantes.

BALANÇO DE VEÍCULOS

Em Janeiro, foram 378 veículos leiloados, começando o ano ainda em ritmo um pouco lento, afinal, época de férias, muitas pessoas se reestruturando para começar o ano;

Em Fevereiro, foram 396 veículos leiloados, um aumento sutil, porém dizem que, no Brasil, o ano só começa após o Carnaval, não é?

Em Março, agora com as energias recarregadas e o ano finalmente começando a se desenrolar, veio o boom: 849 veículos leiloados;

De Abril a Agosto, houve uma estabilidade nos números totais, que variaram pouco entre 633 e 772 veículos leiloados;

Em Setembro e Outubro, houve uma pequena queda, mas ainda ultrapassando os 400 e 500 veículos leiloados, respectivamente;

Até o momento de publicação deste post (06/11), foram mais 123 veículos leiloados, fechando a conta em 6.314 veículos leiloados ao longo do ano de 2023 e ainda tem espaço para MUITO MAIS! O prognóstico é fechar 2023 com mais de 7.000 veículos leiloados!

TENDÊNCIA PARA 2024

Atualmente, um dos maiores desafios para a leiloaria no Brasil é a proliferação de sites falsos e fraude pelo WhatsApp aplicando o golpe do leilão falso. São milhares de reais perdidos diariamente para esquemas sofisticados, porém mal intencionados, e descaso das autoridades com as vítimas, tanto os leiloeiros (que têm seus nomes, dados pessoais e identidade visuais usados indevidamente) quanto os arrematantes enganados, que têm o prejuízo financeiro. O aumento no número de casos de golpe desestimulam os interessados e descredibilizam os leiloeiros e a imagem dos leilões sérios.

Por isso, uma das tendências para 2024 é apostar no convite para os leilões presenciais, impossíveis de fraudar, muito mais seguros e que possibilitam que o arrematante esteja em contato direto com os veículos, equipe e leiloeiro. Esperamos que, em 2024, nosso balanço seja ainda melhor!

História da Leiloaria

Antiguidade

Os primeiros registros da leiloaria no mundo são de cerca de 2.000 anos antes de Cristo e vêm da região que, hoje, é conhecida como Oriente Médio: os caldeus e assírios, conhecidos por serem povos pescadores, realizavam leilões porque precisavam comercializar o pescado, buscando as melhores ofertas entre o povo.  Na Grécia Antiga, em cerca de 500 A.C., o filósofo e historiador Heródoto fez a primeira menção a um leilão no Ocidente. Em Roma, já na Era Comum, os leilões eram amplamente praticados e uma grande variedade de itens eram leiloados, inclusive pessoas (principalmente mulheres solteiras a fim de casamento e escravos).

Europa, anos 1500 – 1700

Na França, a profissão de leiloeiro foi regularizada em 1556, sendo determinado que o leiloeiro seria um funcionário público com a função de avaliar, negociar e vender bens em cumprimentos judiciais ou após a morte do antigo proprietário. Por toda a Europa do século XVII (anos 1600), cafés e tabernas realizam os chamados “leilões de vela”, caracterizados por uma vela acesa que, ao ser totalmente consumida, marcava o fim do leilão. Em 1674, a primeira casa de leilões do mundo, a Stockholms Auktionsverk foi aberta em Estocolmo, Suécia; 100 anos depois, em 1774 e em 1776, respectivamente, a Sotheby’s e a Christie’s foram inauguradas em Londres, Inglaterra, sendo as duas maiores casas de leilão do mundo desde então, principalmente no setor de Artes e Antiguidades.

Américas, anos 1700 – 1800

Nos Estados Unidos, eram bem comuns os leilões de peles, fazendas, gado, imóveis e materiais de construção, visto que a exploração das terras ainda selvagens estava a pleno vapor com as peregrinações, a conquista do Oeste e as guerras indígenas, de Independência e Civil. Nos anos 1800, em todas as Américas, principalmente Central e do Sul, a prática da leiloaria era quase totalmente voltada para a manutenção da escravidão. Nesse ponto, o Brasil se destaca por ser um dos últimos países do mundo a criminalizar e abolir os leilões de escravizados africanos, que chegavam a ser anunciados no jornal.

Anos 1920 – 1945

Em épocas de crises mundiais, a leiloaria passou por tempos de escassez. Isso porque, em 1929, a Queda da Bolsa de Nova York causou o período conhecido como Grande Depressão, um colapso na economia mundial que gerou grande desemprego, falência em massa de indústrias e perda de terras, patrimônios esses que iam parar nos leilões públicos por conta da execução de hipotecas e penhoras judiciais; foi assim também após a Segunda Guerra Mundial, porém, nesse momento, junto com a economia mundial, os leilões voltaram a crescer e se diversificar, atraindo outros públicos, como bancos, órgãos governamentais e o corpo judiciário.

Brasil, 1932

Durante a Era Vargas, nos anos 1930, a profissão do leiloeiro foi regulamentada em 19 de setembro de 1932, com uma legislação que vigora até os dias de hoje. Entre as décadas de 1950 e 70, os leilões se popularizaram como uma alternativa para adquirir bens usados e seminovos, dos mais diversos tipos e categorias, desde Artes, Antiguidades, Imóveis, Veículos e Maquinários.

Anos 2010

Com a massificação da internet e o boom das mídias digitais, a leiloaria viveu um período de revolução ao hibridizar os leilões na forma online e presencial, com transmissão simultânea e operação 100% virtual. Acompanhando a tendência, os leilões se digitalizaram para atender todos os tipos de público, em qualquer lugar do Brasil e até do mundo, que podem participar dos pregões sem sair de casa ou do trabalho, de forma remota, simples e acessível. No entanto, a modalidade virtual enfrenta uma ameaça constante, tanto para os leiloeiros quanto para os arrematantes: os golpes via redes sociais e sites de leilão falso, que causam prejuízos milionários ano após ano.

 

Leilão tem garantia?

A primeira coisa (e, provavelmente, a mais importante!) a se saber antes de comprar um veículo de leilão é que TODOS os veículos são leiloados NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRAM.

Mas o que é esse “estado”? Trata-se do ESTADO DE CONSERVAÇÃO. Existem diversos motivos que levam um veículo para os pátios de leilão, mas os mais comuns são:

  • Financiamento – nesse caso, os veículos são advindos de financiamentos que não foram quitados e o Banco retomou a propriedade.
  • Sinistros – já no caso de veículos com seguro, quando sofrem algum sinistro (batidas, colisões, enchentes, roubo/furto etc), quase sempre vão para leilão após a Seguradora retomar o veículo.
  • Apreensões e remoções governamentais – veículos apreendidos ou removidos por órgãos governamentais de trânsito, como Polícia Rodoviária, Guarda Municipal, DETRAN, DETRO e outros, podem ir a leilão se não forem reclamados ou regularizados pelos proprietários dentro dos prazos estipulados por tais órgãos.

 

COMO É DEFINIDO SE O VEÍCULO ESTÁ EM “BOM ESTADO”?

Sempre que um veículo é autorizado a ir para um leilão, a empresa ou órgão proprietária realiza uma vistoria, para classificar o estado de conservação. Essa medida é fundamental para definir como o veículo será leiloado e, principalmente, quanto será o lance inicial. A precificação dos veículos de leilão é feita exclusivamente pelas instituições proprietárias dos veículos, chamadas de COMITENTES. Os leiloeiros não têm qualquer influência na definição dos valores iniciais.

Na vistoria, os veículos são classificados de acordo com a MONTA – isto é, o nível de danos e avarias sofridos. Para entender melhor sobre MONTAS, leia AQUI. Quanto menos danos, menos desvalorização o veículo sofre e seu valor fica mais próximo do valor de tabela. Além disso, veículo mais antigos tendem a estar naturalmente desgastados na pintura, com pneus antigos e mecânica comprometida (aqui entra também o zelo e o cuidado dos proprietários com seus bens antes de serem apreendidos ou retomados).

MAS TEM GARANTIA?

Não, veículos de leilão não têm garantia por parte nem do leiloeiro e nem das instituições comitentes. No entanto, caso a garantia de fábrica ainda esteja vigente no momento da transferência de posse para o arrematante, é possível acionar a garantia diretamente com a montadora.

Por esse motivo, em todos os leilões confiáveis, uma das principais cláusulas de participação é a aceitação em adquirir o veículo no estado em que se encontra, sendo responsabilidade do arrematante regularizar e consertar o que for necessário para que veículo possa circular com segurança. Além disso, é imprescindível ler sempre o edital de cada leilão que for participar, para estar resguardado e saber melhor sobre todas as condições.

Queridinhos do leilão – as motos e carros mais procurados

“Vocês têm PCX?”

“Tem alguma Biz disponível?”

“Algum Corolla no leilão de hoje?”

“Fiat Strada vocês têm?”

Toda semana, dezenas de arrematantes procuram o leilão em busca do veículo ideal. E, toda semana, recebemos diversos pedidos de marcas e modelos específicos, tanto que se tornaram os queridinhos do leilão.

  • Moto Honda PCX: a scooter da Honda está sempre no pódio das motos mais procuradas no leilão. Por ser uma moto de entrada, pequena, ágil, de fácil manutenção e ideal para circular em todos os ambientes urbanos, a PCX é campeã de pedidos.
  • Moto Honda Biz: rivalizando com a PCX, a Biz é, também, uma moto pequena, que vai de 100 a 125 cilindradas, e é bastante prática para utilizar no dia a dia urbano e muito procurada para quem gosta de motos mais simples e fáceis de conduzir.
  • Toyota Corolla: provavelmente, é o carro sedã mais procurado nos leilões. Não à toa, afinal, é um carro que agrada a quase todos os objetivos: espaçoso, confortável, econômico e com um design elegante, o Corolla é o campeão de pedidos entre os carros.
  • Fiat Strada, Chevrolet Montana e Volkswagen Saveiro: na categoria de veículos utilitários, precisamos declarar empate entre essas três picapes, pois são carros muito semelhantes, tanto em design quanto em qualidade. Para quem busca picapes de entrada, porém sem perder robustez e que aguentam o tranco tanto das vias urbanas quantos rurais, a Strada, Montana e Saveiro são ideais.
  • Fiat Toro: ainda na categoria utilitários, a Fiat Toro é a picape queridinha de quem busca uma caminhonete mais robusta que a Strada e a Saveiro, que seja perfeita para terrenos mais difíceis e sem deixar de rodar bem no perímetro urbano.
  • Moto Yamaha NMAX: a scooter da Yamaha é concorrente direta da PCX na categoria motos urbanas queridinhas do público, com um design moderno, ergonômico e sofisticado, sem perder em nada no quesito qualidade mecânica.

Leilões presenciais = MAIS SEGURANÇA!

Após a pandemia de COVID-19, o número de leilões online aumentou e, consequentemente, o número de pessoas preferindo essa modalidade também. Por um lado, os leilões online têm várias vantagens, como a possibilidade de participar de qualquer lugar, eliminar custos de deslocamento e economia de tempo. Por outro lado, a internet é um campo fértil para criminosos e estelionatários aplicarem golpes, seja por meio de sites, perfis e números falsos.

Uma forma de garantir uma participação 100% segura em leilões é ir presencialmente até o pátio do leiloeiro, principalmente aqueles que nunca participaram em leilão, não sabem como funciona e querem conhecer melhor antes de, efetivamente, começar a dar lances. Todos os leilões precisam ter um momento reservado para a visitação (no Rogério Menezes, a visitação acontece todos os dias de leilão — segundas, quartas e quintas-feiras, de 8h às 14h), que é o momento ideal para ver bem os veículos (se possível, sempre leve um mecânico de confiança para auxiliar na avaliação), tirar todas as dúvidas e, principalmente, ler com calma o edital do leilão.

Ir presencialmente à visitação é uma forma de analisar todos os detalhes do veículo (olhar a parte interna, externa, motor, peças etc). Em algumas visitações, até mesmo é possível pedir para que um funcionário ligue o veículo! Além disso, os interessados conseguem tirar dúvidas na hora sobre o estado do veículo, formas de pagamento, retirada etc.

Em relação à segurança, os leilões presenciais são praticamente impossíveis de fraudar. O leilão é um evento público e registrado, que também pode (e deve!) ser transmitido em tempo real nas mídias digitais (você pode acompanhar as transmissões dos leilões, ao vivo, pelo nosso site www.rogeriomenezes.com.br). As pessoas precisam acompanhar a disputa pelos lotes, lance a lance, com a autorização e mediação do leiloeiro. Para quem não conhece a dinâmica e o andamento de um leilão, é possível acompanhar presencialmente sem qualquer compromisso de arremate.

Em conclusão, participar de um leilão presencial é o jeito mais aconselhável e recomendado, tanto para iniciantes quanto para arrematantes antigos. Dessa forma, o futuro arrematante pode se inteirar de todos os detalhes e avaliar bem qual é o melhor negócio!

Perfis de arrematante: qual é o seu?

O mercado de veículos usados e seminovos vem apresentando um aquecimento gradual, porém significativo. Os números do relatório mensal de março da FENAUTO (Federação dos Revendedores de Veículos Usados) mostram que, nos dois primeiros meses de 2023, foram mais de 2 milhões de unidades comercializadas no Brasil, com um aumento de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado (2022).

Com a interrupção da produção nacional de várias montadoras, os preços de carros 0km aumentaram e a procura por veículos seminovos e usados, consequentemente, aumentou. Consequentemente, também aumentou a procura por leilões confiáveis e renomados, por conta da facilidade de participação e outros benefícios. Mas quem são essas pessoas que buscam no leilão uma forma mais simples e vantajosa de adquirir um veículo? Tudo depende, principalmente, dos objetivos e necessidades de cada pessoa.

TIPOS DE ARREMATANTE

Pessoas físicas

Dentro da categoria de pessoas físicas, isto é, indivíduos que buscam adquirir um veículo, se desdobram subcategorias:

– Trabalho: são os arrematantes que buscam um veículo para trabalhar, por exemplo, carros e motos para trabalhar com aplicativos de entrega e transporte de pessoas, veículos utilitários para os mais diversos objetivos profissionais (frete, entregas, serviços rurais etc), caminhões e veículos pesados (máquinas agrícolas, tratores etc).

– Lazer: são as pessoas, inclusive famílias, que buscam um veículo para fins de lazer e passeio. São pessoas que costumam preferir os veículos provenientes de Bancos, pois estão menos avariados e quase sempre demandam muito pouco ou nada para circularem rapidamente.

– Revenda: um tipo bem comum de arrematante é a pessoa que arremata, mas não para si mesma. Esta subcategoria se transformou num verdadeiro nicho de produção de conteúdo e até mesmo uma profissão: são os consultores e revendedores profissionais de veículos de leilão, que estudam o mercado de leilões com afinco para fazer os melhores negócios e revender os veículos no mercado de usados convencional.

– Colecionadores: para os que acompanham frequentemente o mercado de leilões, podem aparecer oportunidades únicas de adquirir veículos específicos, e até raros, por preços bem convidativos.

Pessoas jurídicas:

– Peças e componentes: empresas de autopeças e oficinas mecânicas são alguns dos perfis de arrematantes mais comuns, principalmente nos leilões de Seguradoras, arrematando inclusive sucatas para aproveitar peças e componentes inteiros.

– Revenda: novamente, os arrematantes desta categoria normalmente são oficinas mecânicas que fazem todos os reparos necessários, recauchutam o veículo e o colocam à venda novamente de maneira ainda mais facilitada.

– Frotas: para algumas empresas, veículos e utilitários com baixa quilometragem e montas menores podem ser interessantes para compor frotas.

– Maquinários: empresas que utilizam certos tipos de máquinas e veículos pesados, como tratores, escavadeiras etc, podem encontrar equipamentos úteis em leilão.

As maiores mentiras para atrair vítimas para o Golpe do Leilão Falso

O golpe do leilão falso, infelizmente, faz vítimas todos os dias. Os golpistas, muitas vezes, são criativos, sofisticados e astutos ao pensar em estratégias convincentes para induzir as pessoas ao erro. São muitos sites falsos, perfis falsos em redes sociais, vários números de WhatsApp… Porém, o modus operandi é sempre o mesmo: persuadir e aliciar o maior número de pessoas possível com promessas incríveis, preços absurdamente atraentes (e impraticáveis), garantias e benefícios.

Dentre as estratégias dos golpistas, as mais comuns são:

  • SITE FALSO

  • VENDEDORES/REPRESENTANTES FALSOS

  • ANÚNCIOS DE VENDA DIRETA

 

Em todos, o que impressiona e ilude as vítimas é, geralmente, o preço e a facilidade de compra. É simples e muito rápido: preço baixo anunciado, uma rápida conversa, reforço das garantias e promessas e pronto! A vítima faz o pagamento e passa a ser ignorada ou bloqueada. Com vítimas mais desconfiadas, os criminosos usam a estratégia do “review” ou depoimento de “compradores satisfeitos” para passar uma credibilidade e legitimar a transação. Com vítimas ainda mais desconfiadas, o bloqueio imediato.

 

  • SITE FALSO

(Exemplo de anúncio de sites falsos na pesquisa do Google)

 

As tentações já são apresentadas logo no resultado da busca: “60% de desconto”, “valores abaixo da FIPE”… O nome do leiloeiro no título induz ao erro e dezenas de vítimas são atraídas instantaneamente.

  • VENDEDOR/REPRESENTANTE FALSO

  • ANÚNCIOS DE VENDA DIRETA

(Exemplo de anúncio de vendedores falsos)

 

Apesar do texto pecar no bom português, o que chama mais a atenção é o seu tom bem promocional: veículos com entrada a partir de 300 reais, parcelamento em até 80 vezes, pagar a primeira parcela e sair com o veículo, sem consultas e análises de crédito e, principalmente, sem burocracia, no estilo pagou-levou. Para quem não conhece o que é um leilão, tantos benefícios já são o suficiente para ganhar a confiança. Porém, TUDO neste anúncio é fraude pelo simples fato de que LEILOEIRO NÃO PODE TER VENDEDORES E NEM REALIZAR VENDA DIRETA E PROMOÇÃO EM VEÍCULOS.

 

EM RESUMO, QUAIS SÃO AS MENTIRAS QUE OS GOLPISTAS MAIS CONTAM?

  • LOJA E ESTOQUE DE VEÍCULOS: O Rogério Menezes é um leiloeiro, portanto, não pode ter loja e nem fazer estoque de veículos. Todos os carros, motos, caminhões, utilitários, máquinas e equipamentos leiloados NÃO SÃO do leiloeiro! Os bens pertencem aos comitentes: Bancos, Seguradoras e empresas privadas que contratam o serviço do leiloeiro para mediar a venda desses bens ao arrematante, que é o consumidor final.

  • PREÇO FIXO: Em leilão, a regra é clara: não existe preço fixo. Leilão é um sistema de disputa por um bem, como um carro ou moto, através de lances (valor inicial + incrementos) até que a pessoa que der o lance vencedor possa encerrar a disputa e arrematar o carro por aquele valor final.

  • PROMOÇÃO E DESCONTOS: Como os veículos NÃO PERTENCEM ao leiloeiro, não existe a possibilidade de promoções e descontos.

  • PAGOU-LEVOU: Isso simplesmente não é leilão. Trata-se de venda direta e é ILEGAL a prática de venda direta pelo leiloeiro. A única forma de adquirir um bem no leilão é participando da disputa lance a lance, até que haja um lance final.

  • ENTRADA E FINANCIAMENTO: No Rogério Menezes, não é feito financiamento e nem entradas. É possível parcelamentos apenas no cartão de crédito e em até 12 vezes.

  • ENTREGA DE VEÍCULOS A DOMICÍLIO: Essa é uma das maiores mentiras que os golpistas contam e geralmente faz parte da negociação inicial, com fotos e depoimentos de “clientes satisfeitos” recebendo os veículos em casa. Porém, É FALSO! Quem arremata em leilão precisa ir até o pátio do leiloeiro retirar seu veículo e os custos da retirada são por conta do arrematante.

  • DOCUMENTO NA HORA: Outra das grandes e mais impraticáveis mentiras ditas pelos esquemas criminosos. Todos os comitentes possuem prazos de, no mínimo, 30 dias úteis para entregar a documentação, pois existe uma burocracia imburlável para regularizar o veículo que depende de órgãos como o DETRAN.

  • PREÇOS MUITO BARATOS: Lembram do ditado “é bom demais para ser verdade”? A principal tática de atração dos golpistas é o preço extremamente barato dos veículos. Lembrem-se sempre: cuidado com ofertas milagrosas!

(Exemplo de tabela de preços em anúncio falso)