Credibilidade de leilões: como saber se é seguro

Em meio a tantas notícias de golpes e fraudes na internet, diversos segmentos do mercado sentiram as consequências das ações de quadrilhas e estelionatários. No mundo dos leilões, não foi diferente. Por conta da onda crescente de criminosos atuando com o Golpe do Falso Leilão, as pessoas ficaram mais desconfiadas dessa prática comercial, que pode ser bem vantajosa e segura.

A maioria dos sites falsos, por exemplo, copia a identidade visual dos sites oficiais e coloca logos, imagens e selos idênticos aos originais. Por isso, as pessoas costumam cair em golpes ao olhar para os elementos conhecidos, e a tendência é nem reparar nos demais indícios. Isso acontece porque o cérebro humano procura por padrões e elementos reconhecíveis: o olhar já está condicionado a buscar imediatamente por eles. É também por isso que, não raro, quem conhece como o golpe funciona leva vantagem em relação aos menos experientes: o repertório individual é maior, os mecanismos de defesa estão mais calibrados e a pessoa já reconhece melhor os elementos suspeitos.

Segundo Marcelo Guterman, mestre em Economia e Finanças, um golpe é como um livro de mistério: depois de revelado, tudo fica extremamente claro e parece que tudo era ridiculamente óbvio. É a partir daí que se entende porque o sentimento de frustração é tão avassalador e a pergunta que fica ecoando na mente da vítima é: “COMO EU NÃO PERCEBI ISSO ANTES?

ARREMATAR EM LEILÃO É SEGURO?

A resposta é SIM. A profissão de leiloeiro é regulamentada no Brasil desde 1932, por força do Decreto-lei n° 22.427 de 1º de fevereiro de 1933, sancionado no governo de Getúlio Vargas. Além disso, existem muitos leiloeiros e agências de leilões com décadas de experiência e solidez na área, como o Rogério Menezes, que está há 33 anos promovendo leilões com transparência, segurança e idoneidade.

Por conta da regulamentação, o leiloeiro profissional precisa se registrar na Junta Comercial do estado onde atua e se ater às regras e especificidades do setor: por exemplo, leiloeiros só podem atuar, exclusivamente, no modelo de hasta pública e pregão público.

Isso significa que leiloeiros não podem ter loja ou catálogo de produtos com preço fixo. Todos os bens leiloados são comercializados por meio de um sistema de disputas, em que os potenciais compradores (arrematantes) dão lances sucessivos e crescentes até que seja definido o último lance, o vencedor, garantindo a compra.

MAS COMO SABER SE O LEILÃO É CONFIÁVEL?

Todo site ou perfil falso dá indícios e possui conduta suspeita, principalmente na abordagem. Talvez a principal seja induzir a vítima a fazer logo um pagamento, seja inventando que o valor pedido se refere a um lance vencedor ou simplesmente tentando fazer uma venda direta ao se passar por um vendedor ou representante do leiloeiro. Para quem não conhece como um leilão funciona, essas táticas são bastante eficazes, por isso vale sempre esclarecer o que é e como funciona um leilão real:

  • O leilão é um evento público;
  • Precisa acontecer em tempo real;
  • O público precisa acompanhar e dar lances ao vivo;
  • O leiloeiro é o mediador entre o arrematante e o comitente (quem disponibiliza os veículos, por exemplo);
  • É ILEGAL leiloeiros fazerem venda direta;
  • Pagamentos só podem ser feitos pelo CPF e em nome do leiloeiro;
  • Jamais deve ser feito pagamento em nome de terceiros, sob qualquer hipótese.
  • As visitações precisam ser abertas ao público e com funcionários para tirar as dúvidas gerais;
  • Não é permitido vender bens fora do leilão, em qualquer hipótese;
  • O contato com o público precisa ser sempre formal e respeitoso.

 

Fontes:

Opinião: por que caímos em golpes.

Estudo: mercado de leilões no Brasil

Como saber se o site de leilão é seguro

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