Como fazer um bom negócio em leilões

A primeira coisa que uma pessoa interessada em participar de um leilão precisa ter em mente é: em que eu vou utilizar o veículo adquirido? É para trabalho, uso próprio, lazer, revenda, desmonte…?

Um veículo adquirido em leilão pode ter uma grande variedade de usos e fins, dependendo da necessidade e vontade do arrematante. Várias pessoas buscam o leilão por ser uma modalidade que apresenta valores, em média, mais acessíveis. Apesar de o preço mais baixo ser uma das características mais atraentes para o público de leilões, não deve ser a única levada em consideração na hora de investir em um veículo.

 

EDITAL

Para fazer um bom negócio em leilões, ler o edital é importantíssimo. É no edital, documento oficial do leilão, que o arrematante encontra todos os detalhes e condições do leilão. Se o arrematante quiser garantir um negócio vantajoso, é necessário procurar no edital três pontos muito importantes: descrição e observações do veículo, especificação de taxas extras (como a comissão do leiloeiro, taxas administrativas, despesas referente à regularização e retirada do veículo etc) e prazos (pagamento, transferência de posse, retirada da documentação etc).

 

VISITAÇÃO

A visitação é imprescindível. A recomendação é que, antes de dar qualquer lance, o interessado no veículo vá na visitação e cheque bem se o veículo corresponde à descrição do estado de conservação e monta, além de fazer uma análise mais detalhada levando a conta eventuais reparos, regularizações e despesas relativas à documentação. É na visitação, também, que o arrematante pode tirar todas as dúvidas pertinentes em relação às condições de participação, taxas, retirada e cláusulas do edital.

 

CALMA

Um dos segredos para fazer um bom negócio em leilões é não ter pressa. Dependendo da necessidade ou urgência, as pessoas se precipitam e tomam decisões que podem se provar muito dispendiosas e resultar em complicações financeiras e logísticas. Por isso, a leitura do edital é fundamental, mas sem correria ou pressão. A decisão de dar um lance precisa ser bem pensada, calculada e responsável: uma vez dado, não pode ser retirado ou cancelado, apenas coberto por outro lance. Caso seja dado de forma impensada ou leviana, a responsabilidade de honrar esse compromisso fica à cargo do arrematante e a multa por desistência é de 20% em cima do valor do arremate (lance final).

 

EXPERIÊNCIA

Com o tempo e a participação em vários leilões, arrematando ou não, a pessoa vai conhecendo melhor o mercado e a logística, entendendo as vantagens e desvantagens e aprendendo a reconhecer as melhores oportunidades. Todo leilão é um evento público, que pode e deve ser acompanhado (seja online ou presenciado) ao vivo e em tempo real por qualquer pessoa apta a participar (veja as condições no edital), por isso o ideal é que os interessados em participar de leilões vejam na prática como é a dinâmica antes de participares das disputas.

 

PESQUISA

Antes de ir visitar um pátio ou participar de um leilão, é muito importante pesquisar a história, reputação e idoneidade do leiloeiro. Além disso, também vale a pena olhar as avaliações no Google, buscar referências com arrematantes anteriores e frequentes, pesquisar o endereço antes da visitação e verificar as redes sociais. Principalmente na modalidade online, cresce exponencialmente o número de vítimas do golpe do leilão falso, um tipo de fraude bastante comum aplicado em sites falsos, redes sociais e WhatsApp. Para evitar cair nesse golpe, o ideal é pesquisar com cuidado e atenção se o leiloeiro é registrado na Junta Comercial do Estado (no Rio de Janeiro, é a JUCERJA), se os perfis nas redes sociais são os oficiais, se o site termina em .com.br (sites falsos geralmente são registrados em domínio estrangeiro e terminam em .com, .net, .org etc) e verificar se a conta está em nome e/ou CPF do leiloeiro (jamais se deve fazer pagamento para terceiros ou CNPJ).

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